- Mobilidade
Nas pesquisas de Origem/Destino, o índice de mobilidade é a medida do número médio de viagens que as pessoas realizam em um dia típico, por qualquer modo e para qualquer finalidade. Em oposição a ele, o índice de imobilidade mostra a porcentagem de pessoas que, também em um dia típico, não realizam nenhuma viagem, comparadas com a população total de um determinado universo. Ambos partem do princípio que uma maior mobilidade é positiva, pois indica maior possibilidade de apropriação da vida urbana, refletindo a condição das pessoas terem acesso aos bens e serviços que a cidade oferece para o trabalho, consumo ou lazer.
A Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável vai além, e define mobilidade como: “um atributo associado às pessoas e aos bens; corresponde às diferentes respostas dadas por indivíduos e agentes econômicos às suas necessidades de deslocamento, consideradas as dimensões do espaço urbano e a complexidade das atividades nele desenvolvidas”, ou, mais especificamente: “a mobilidade urbana é um atributo das cidades e se refere à facilidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano. Tais deslocamentos são feitos através de veículos, vias e toda a infra-estrutura (vias, calçadas, etc.)... É o resultado da interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade.” (Ministério das Cidades, 2004c, p. 13)
- Circulação
A circulação urbana, ou o ato de circular pela cidade, é o exercício da mobilidade mediante o próprio esforço pessoal (a pé ou de bicicleta) ou através de meios motorizados de posse ou uso pessoal, ou providos por terceiros, através de serviços oferecidos. Em todas as situações, a sua manifestação efetiva se dá na infra-estrutura urbana. A circulação tem regras que, em sua maioria, são estabelecidas pelo poder público e afetam as pessoas de maneira diversa, dependendo do papel que desempenham em um determinado momento.
- Transporte ruim favorece a favelização
Com dificuldades para cruzar as grandes cidades, morar perto do trabalho chega a ser necessidade. Muitos brasileiros abrem mão de boa habitação para não depender de transporte público ineficiente.
- Transporte público não é solução. Ou é?
“Carros elétricos, etanol e similares são remendos para o problema”, rebate o leitor Marcos Silvério, comentando a coluna da semana passada. “A solução (...) é o investimento em transporte público de qualidade (...) Os carros roubam espaço, tempo e saúde da população”. Adoraria concordar, não fosse o transporte público, com freqüência, o que o economês chama de bem inferior.
Em todo o mundo é assim. Não importa que o transporte público oferecido seja de primeira qualidade. O londrino deve ter acesso a um dos melhores sistemas públicos do mundo. No entanto, o trânsito no centro de Londres estava tão ruim que a cidade passou a cobrar um pedágio para dirigir nessa área. Seattle (Estados Unidos) é outro lugar em que o governo investiu em transporte de massa com poucos resultados. Mesmo o admirável sistema de trens da Europa Ocidental, é dependente de pesados subsídios. E essa regra parece ser generalizada: subsídios só adiam o abandono do transporte público. Será que existe algum país rico no mundo onde o número de carros per capita está caindo?”
- Facilitando a mobilidade
O site http://www.onibusrecife.com.br/comochegar estabelece mapas e rotas de seus veículos para facilitar a mobilidade
- Transporte Público de Qualidade
“Vivemos uma crise de mobilidade com aumento dos congestionamentos, da poluição atmosférica, das mortes no trânsito e do tempo que gastamos para o deslocamento, nos carros ou nos ônibus. A infra-estrutura viária é fator determinante do planejamento físico e territorial, e com a pressão exercida pelo crescimento vertiginoso da frota de automóveis, grande parte do investimento público é destinado a este modo de transporte privado.
Entendemos que isso é resultado de um modelo de mobilidade excludente focado no automóvel, que tem recebido no último ano mais de 12 bilhões de reais de incentivo fiscal do governo federal para a produção e venda de carros, beneficiando montadoras, concessionárias e proprietários de veículos. Como se não bastasse, soma-se a imensa soma de recursos federais através do PAC para as rodovias e os incentivos tributários e investimentos de governos estaduais e locais em mais avenidas, pontes e viadutos para os carros.”
Fonte: Forum Nacional de Reforma Urbana
Ana Paula Duarte Alvarenga
Heloísa dos Santos Oliveira
Ingrid Galvão Santi
Simone Brasil Villela
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