As cidades e os Não-Lugares |
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A caminho de São Francisco, primeiro destino da segunda fase do Cidades para Pessoas, fizemos uma escala de cinco horas em Nova Iorque. Passear pelo aeroporto lembrou-me da referência do livro “Não-Lugares”, do antropólogo Marc Augé.
Segundo Augé, o enorme fluxo de pessoas e informações nos dão a sensação de que “o mundo encolheu”. E uma das consequências dessa mudança de percepção da escala do planeta seria a produção dos “não lugares”: espaços de passagem sem identidade ou referências coletivas.
Estações de metrô, salas de espera, centros comerciais, supermercados e aeroportos são alguns dos exemplos citados pelo antropólogo francês. De fato: o aeroporto não provoca qualquer emoção ou identificação cultural. Tem um visual árido, impessoal – o aeroporto de Nova Iorque em nada difere dos de Madrid, Copenhague, Amsterdam, Londres, Paris ou Lyon. São espaços padrozinados de passagem, não de permanência, que pouco ou nada revelam sobre suas cidades.
A questão levantada por Augé é: as cidades estão cada vez mais repletas de “não lugares”, o que é preocupante.
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“Os não lugares estão permeados de pessoas em trânsito. São espaços de ninguém, não geradores de identidade. Lá, “eu” ou “você” não importam, somos apenas mais um na multidão. Através dos não lugares se descortina um mundo provisório e efêmero, comprometido com o transitório e com a solidão. Os não-lugares são uma nova configuração social, característica de uma época que se define pelo excesso de fatos, superabundância espacial e individualização de referências.”, diz um trecho do livro do antropólogo.
Um dos assuntos que vou estudar em São Francisco é a forma como os movimentos da sociedade civil organizada impactam nas relações da cidade. Especificamente, como a ocupação que as pessoas fazem dos espaços públicos determinam na criação de “sim lugares”."
texto do blog e projeto " Cidades para Pessoas" link acima do texto
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A caminho de São Francisco, primeiro destino da segunda fase do Cidades para Pessoas, fizemos uma escala de cinco horas em Nova Iorque. Passear pelo aeroporto lembrou-me da referência do livro “Não-Lugares”, do antropólogo Marc Augé.
Segundo Augé, o enorme fluxo de pessoas e informações nos dão a sensação de que “o mundo encolheu”. E uma das consequências dessa mudança de percepção da escala do planeta seria a produção dos “não lugares”: espaços de passagem sem identidade ou referências coletivas.
Estações de metrô, salas de espera, centros comerciais, supermercados e aeroportos são alguns dos exemplos citados pelo antropólogo francês. De fato: o aeroporto não provoca qualquer emoção ou identificação cultural. Tem um visual árido, impessoal – o aeroporto de Nova Iorque em nada difere dos de Madrid, Copenhague, Amsterdam, Londres, Paris ou Lyon. São espaços padrozinados de passagem, não de permanência, que pouco ou nada revelam sobre suas cidades.
A questão levantada por Augé é: as cidades estão cada vez mais repletas de “não lugares”, o que é preocupante.
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“Os não lugares estão permeados de pessoas em trânsito. São espaços de ninguém, não geradores de identidade. Lá, “eu” ou “você” não importam, somos apenas mais um na multidão. Através dos não lugares se descortina um mundo provisório e efêmero, comprometido com o transitório e com a solidão. Os não-lugares são uma nova configuração social, característica de uma época que se define pelo excesso de fatos, superabundância espacial e individualização de referências.”, diz um trecho do livro do antropólogo.
Um dos assuntos que vou estudar em São Francisco é a forma como os movimentos da sociedade civil organizada impactam nas relações da cidade. Especificamente, como a ocupação que as pessoas fazem dos espaços públicos determinam na criação de “sim lugares”."
texto do blog e projeto " Cidades para Pessoas" link acima do texto
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