Em um terreno de 4 mil m², ocupando ma área de 3 mil m² foram implantadas 80 unidades habitacionais: 26 casas tipo “A” (41,60 m²), quatro tipo “B” (41,60 m²), quatro tipo “C” (58,90 m²) e 46 tipo “D” (42,50 m²). As unidades tem possibilidades diretas de expansão ou mesmo possibilitam a construção de novas unidades, utilizando estruturas pré-existentes como os terraços, que ora funcionam como pátio comum e ora como quintal de uma casa, as unidades podem alcançar nas áreas mais compactas a até quatro pavimentos. Os pavimentos superiores tem sempre uma projeção menor que os inferiores, para garantir uma boa distribuição de luz natural.
A densidade chega a 1.315 hab/ha (tão ou mais densa que os prédios “caixas tradicionais”) deste modo o adensamento é um aliado na otimização da ocupação permitindo a redução da infra-estrutura como: lajes, paredes e coberturas, além do mais a terra, dentro das cidades é cara.
A casa é pensada como elemento de um sistema coletivo obtido pela repetição e arranjo de módulos de 3x3 mt ora geminados ou justapostos, tipologia que reduz os custos da construção, à primeira vista pode-se parecer anárquico e irracional mas o projeto esconde um raciocínio que busca inspiração no imaginário popular: becos e vielas referem-se explicitamente à paisagem construída das favelas nos morros do Rio.
O método projetual da equipe, é no mínimo curioso, com peças de “lego”, pranchetas e computadores eles montam esquemas, juntam, invertem e sobrepõe módulos, que dão origem a soluções das mais diversificadas possíveis.
Apesar de trabalhar com material tradicional, o escritório utiliza um sistema construtivo próprio de paredes portantes e lajes, construídos de pequenas peças cerâmicas, tijolos de parede e tijolos de laje, com baixíssimo consumo de cimento, sem necessidade de madeira.
Em algumas coberturas, a laje inclinada funciona como artifício para inibir as possibilidades de expansão da unidade em altura, em casos onde as condições do terreno são desfavoráveis e/ou as fundações, por motivo de economia, foram executadas no limite, para suportar apenas a carga prevista no projeto. O projeto mistura espaços privados, semiprivados e públicos, onde o saber popular parece fundir-se e confundir-se com o conhecimento acadêmico. A aparência dos módulos podem ter a estética de maior aceitação cultural combinado à modernidade tecnológica.
Fontes:
Cidade de Deus – RJ | Revista AU (Dez. 1995 / Jan. 1996)
O novo caminho para habitação popular – Demetre Anastassakis
Gabriela Oliveira
João Gabriel Barbosa
Leticia Colnago
Olá, como consigo maiores informações sobre o projeto e fotos com uma melhor resolução? Se puder me ajudar agradeço muito. Meu e-mail é guilhermezani@gmail.com. Muito obrigado!
ResponderExcluirai, tbm qria essas mesmas coisas q essa outra pessoa falou.
ResponderExcluirdaniloguerra@globo.com
eu também gostaria de receber mais informações sobre o projeto. galmeida.sofia@gmail.com
ResponderExcluirPessoal me desculpem quase não abro pra ver os comentários, anos depois vejo o interesse de vcs. Há revistas AU que tem o projeto, obras do arquitetos
ResponderExcluirrevista AU em Dezembro de 1995