A produção do espaço cotidiano de uso público
O artigo é um excerto da Dissertação de Mestrado da autora, sobre a produção do espaço cotidiano de uso público. Ao invés de considerar os espaços públicos em geral, em seu sentido histórico ou institucional, procura-se investigar os espaços restantes, quando os terrenos privados e fechados são subtraídos. São as calçadas, ruas, canteiros centrais de vias principais, pequenos parques de bairros, espaços residuais e outros espaços abertos que podem ser ocupados ou mesmo fisicamente transformados pelos moradores da vizinhança. Contudo, como o planejamento urbano normalmente prioriza a circulação de carros, mercadorias e pessoas, essa possibilidade é limitada e raramente explorada. Para estruturar a discussão sobre o envolvimento das pessoas com a produção de tais espaços, esse artigo descreve um caso específico em Belo Horizonte – umas das maiores cidades brasileiras. É o caso de um trecho interrompido de rua que está abandonado, localizado em um bairro de classe média-alta. Para testar o grau de envolvimento ou passividade dos vizinhos, foi adotada uma tática de distribuir panfletos direcionando as pessoas a um blog criado para discutir o que se fazer com esse espaço público. O artigo descreve as evidências, levantadas pelas discussões no blog, quanto à passividade cotidiana e à habitual delegação de decisões sobre espaços públicos para terceiros. Nossas descobertas estruturam uma discussão sobre um urbanismo alternativo que baseia-se em ferramentas com as quais as pessoas deveriam se engajar na produção de espaços públicos.
Lígia Milagres é Arquiteta e Pesquisadora do Grupo Morar de Outras Maneiras (MOM-UFMG).
O artigo é um excerto da Dissertação de Mestrado da autora, sobre a produção do espaço cotidiano de uso público. Ao invés de considerar os espaços públicos em geral, em seu sentido histórico ou institucional, procura-se investigar os espaços restantes, quando os terrenos privados e fechados são subtraídos. São as calçadas, ruas, canteiros centrais de vias principais, pequenos parques de bairros, espaços residuais e outros espaços abertos que podem ser ocupados ou mesmo fisicamente transformados pelos moradores da vizinhança. Contudo, como o planejamento urbano normalmente prioriza a circulação de carros, mercadorias e pessoas, essa possibilidade é limitada e raramente explorada. Para estruturar a discussão sobre o envolvimento das pessoas com a produção de tais espaços, esse artigo descreve um caso específico em Belo Horizonte – umas das maiores cidades brasileiras. É o caso de um trecho interrompido de rua que está abandonado, localizado em um bairro de classe média-alta. Para testar o grau de envolvimento ou passividade dos vizinhos, foi adotada uma tática de distribuir panfletos direcionando as pessoas a um blog criado para discutir o que se fazer com esse espaço público. O artigo descreve as evidências, levantadas pelas discussões no blog, quanto à passividade cotidiana e à habitual delegação de decisões sobre espaços públicos para terceiros. Nossas descobertas estruturam uma discussão sobre um urbanismo alternativo que baseia-se em ferramentas com as quais as pessoas deveriam se engajar na produção de espaços públicos.
Lígia Milagres é Arquiteta e Pesquisadora do Grupo Morar de Outras Maneiras (MOM-UFMG).
Silke Kapp é Arquiteta, Doutora e Mestre em Filosofia, Professora Adjunta da Universidade Federal de Minas Gerais e Coordenadora do Grupo Morar de Outras Maneiras (MOM-UFMG).
Ana Paula Baltazar é Arquiteta, Doutora em Arquitetura e Ambientes Virtuais e Mestre em Arquitetura. Professora Adjunta da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais e Pesquisadora do Grupo Morar de Outras Maneiras (MOM-UFMG).
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