NÃO HÁ SAÍDA DA CRISE, TEMOS QUE ABRIR UMA BRECHA leituras sugeridas por Bruno Cava

NÃO HÁ SAÍDA DA CRISE, TEMOS QUE ABRIR UMA BRECHA
Três textos de ontem que recomendo, dois do João Telésforo e um daIsabella Gonçalves Miranda:
1) "Ir além dos partidos, nas eleições de 2016" (JT): a referência das plataformas municipalistas espanholas que venceram no 24M de 2015, quatro anos depois da explosão da crise da representação no 15M de 2011. No Brasil, é preciso um partido dos sem-partido, um partido dos indignados para forçar uma reabertura democrática de um sistema que gira em falso entre polarizações falsas e corrupção. Lamentavelmente, o editor do Outras colocou uma foto do Boulos no topo do artigo, embora o líder do MTST, por razões organizativas (de velho tipo), ainda esteja preso à ideia de "frentismo de esquerda". É preciso todavia dar o passo decisivo e se livrar de vez de qualquer governismo residual, para ter qualquer chance de eficácia.
http://outraspalavras.net/…/ir-alem-dos-partidos-nas-eleic…/
(outras dicas: "Reorganizar as forças, contra-atacar o contra-ataque", do sempre sintético e antenado Moysés Pinto Neto,https://moysespintoneto.wordpress.com/…/reorganizar-as-for…/; e a entrevista abrangente de Giuseppe Cocco "O capital que neutraliza e a necessidade de uma nova esquerda", comentada por mim mesmo,http://uninomade.net/…/o-capital-que-neutraliza-e-a-necess…/).
2) "Lutar contra o governo" (JT): sobre o porque seria o cúmulo do masoquismo os movimentos e ativistas defenderem, direta ou indiretamente, um governo que propôs em regime de urgência a inédita lei do terrorismo. Chega de sofismas: o governo é um dos líderes do tal "avanço conservador". É o passo necessário de perder o medo de gritar "Fora todos", já que a bipolaridade molar PT-PSDB com o pemedebismo de fundo está exaurida.
http://brasilem5.org/2015/08/06/lutar-contra-o-governo/
(Outra dica: sobre a beleza sonora dos panelaços na favela, "O panelaço no Morro dos Cabritos", por Alexandre Mendes)
3) "As manifestações do Equador" (IGM): breve análise sobre o descolamento dos "governos progressistas" em relação às mobilizações sociais e o comum das lutas, que não podem ser explicadas apenas lançando mão da polarização imperialismo x anti-imperialismo, como por estratégias conscientes e deliberadas e de esquerda, associadas às tecnologias de governo, os projetos de desenvolvimento e a capacidade de abertura a movimentos de contestação.
http://brasilem5.org/…/as-manifestacoes-do-equador-e-a-cri…/
(outras dicas: Bruno Santos N Dias sobre as manifestações de junho no Equador e um correísmo cada vez mais autoritário, e "O fim da narrativa progressista na América do Sul, Zeitgeist por Salvador Schavelzon,http://uninomade.net/…/o-fim-da-narrativa-progressista-na-…/)
Boa leitura!

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